O Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) está em ação para investigar os incidentes de racismo ocorridos durante uma partida de futsal em uma escola particular do DF. Os relatos indicam que alunos do colégio Galois teriam proferido insultos como “macaco”, “pobrinho” e “filho de empregada” contra estudantes da Escola Franciscana.
Para lidar com essa questão, o MPDFT agendou reuniões com as escolas envolvidas e o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF). A promotora de justiça Polyanna Silvares, coordenadora do NED/MPDFT, ressaltou a importância de todas as escolas da região estarem atentas a esses acontecimentos e implementarem medidas preventivas e de combate à discriminação, envolvendo toda a comunidade escolar nesse debate.
A direção do colégio Galois informou que, após a conclusão das investigações internas, tomará medidas contra os alunos envolvidos nos ataques racistas, concedendo-lhes um prazo para defesa e posterior julgamento pelo conselho de classe. A escola estima que as apurações devem levar cerca de duas semanas.
O Ministério do Esporte também se pronunciou sobre o caso, expressando repúdio aos atos de racismo e destacando a inaceitabilidade de tais incidentes, especialmente em ambientes escolares.
O incidente ocorreu durante um jogo de futebol da “Liga das Escolas”, no qual alunos do colégio Galois teriam proferido os insultos mencionados contra estudantes da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima. A diretora desta última instituição, Inês Alves Lourenço, emitiu uma carta de repúdio, descrevendo os insultos como formas de preconceito social e injúria racial, que abalaram os alunos da escola.
O colégio Galois iniciou uma investigação interna e expressou solidariedade aos alunos e à comunidade da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, que se sentiram ofendidos e magoados com os acontecimentos.